Como assim um impostor?

Alguma vez na vida você resolveu começar um projeto ou decidiu tomar uma atitude de mudança, mas sua cabecinha veio e disse “Pára com isso… você sabe que não vai conseguir. E pior, TODO MUNDO vai saber que você não sabe de nada…”?

Pois se você já pensou nisso, meus parabéns!! Você é um belo candidato da síndrome de Impostor do ano! Quantos anos você vem lutando pra esse cargo hein? Deixando tudo de lado, se importando com a opinião alheia e não se bancando… Quando foi a última vez que você disse “eu posso, eu consigo”..?

O conceito de Síndrome do Impostor vem do final da década de 70, quando alguns pesquisadores identificaram essa síndrome principalmente em mulheres (depois o estudo viu que atinge tanto homens quanto mulheres). É aquela sensação de se sentir um pária, de que está enganando a todos e que um dia alguém vai descobrir que você não sabe o que está fazendo.
Creio que em algum momento, alguns de vocês sentiram isso.

Beleza, identificamos o problema. Mas e agora, o que fazer pra solução dele?

Essa síndrome está vinculada a insegurança e baixa autoestima. Pode ser algo que se formou lá na sua infância, pode ser algo que foi “adquirido” com o tempo. E se a gente associar ‘síndrome do impostor’ com ‘insegurança’, podemos dizer que o contrário de ‘insegurança’ é ‘segurança’, certo? E então podemos traduzir isso pra: confiança!

Uma pessoa confiante em si mesma, provavelmente terá uma propensão bem mais baixa em se sentir uma impostora. E como adquirir essa confiança?
Vou receitar aqui 3 pequenos passos, que podem começar a ajudá-los. Vamos chamá-los carinhosamente de:

OS 3 PASSOS PARA TRUCIDAR O IMPOSTOR DENTRO DE VOCÊ

Bonitinho né? Então vamos ao primeiro:

PASSO #1 – Isso é coisa da sua cabeça!

Sim, sei que parece simplório dizer isso, mas é tudo uma questão de percepção. Veja bem, eu não disse que a culpa é sua. Estou dizendo que se sentir um impostor é uma percepção ERRADA que você tem de si mesmo.
E se você começar a pensar “Eu não sou um impostor, eu sei o que estou fazendo e tenho prazer em executar isso”?  Ou pelo menos pensar “Vou executar isso e ver o que acontece. Se der errado, significa que estou um passo mais próximo de dar certo!”

Sim, sei que parece muito coisa de “O Segredo” mas você precisa começar a alimentar melhor essa cabeça e gerar um ‘retorno positivo’ em sua vida.

Talvez você esteja se importando demais com o que os outros possam dizer sobre sua pessoa. O que nos leva ao próximo passo:

PASSO #2 – F#d@-se os outros!

Vixi… agora a coisa ficou séria. Ficou ofendido? Tá pensando que eu não me importo com ninguém e sou totalmente egoísta? Não é bem assim…
Acontece que espelhamos demais nossas ações no que os outros vão dizer ou pensar. “Será que vão gostar? Será que vou parecer irresponsável? Será que vão me achar idiota?”

Por um bom tempo me pautei no que os outros iriam pensar. E isso é um atraso de vida GIGANTESCO. Claro, uma certa dose de opinião de um ou outro mais próximo é até aceitável. Mas eu deixar de fazer algo porque podem sair falando de mim… nunca mais. Nem mesmo me abater porque posso estar sendo excluído de algo.  Cuidado com os manipuladores…. eles são perigosos.

Conheci recentemente uma pessoa de 55 anos, casada, mãe, que faz o universo dela girar em torno do que a mãe dela quer. 55 anos!! Vivendo de acordo com as regras da mãe!!! Difícil né? Sei que cada um tem seu universo e vive sua própria realidade, mas deveria existir um limite nessas situações. E quem põe esse limite, é você!

E por último:

PASSO #3 – “Eu tenho que…” Na boa, você não tem que P#RR@ nenhuma!

Ok, gastei o estoque de palavrões permitidos numa matéria…

Mas quantas vezes você fala pra si mesmo “eu queria fazer A, mas tenho que fazer B…”? Tenho que isso, tenho que aquilo…
Claro, eu sou uma pessoa responsável. Eu tenho que pagar a conta de luz, senão fico sem energia elétrica. Eu tenho que dar suporte pros meus filhos, pois eles estão se desenvolvendo. Eu tenho que entregar o trabalho que estou fazendo. Ok.
Mas será que eu tenho que deixar de fazer algo que gosto porque hoje eu sou pai? Será que eu tenho que ter um emprego ruim e só mantê-lo porque o país está em crise? Eu tenho que viver uma vida ruim e sofrida, porque o ‘status quo’ pede pra que assim seja?
Não. Responsabilidade é uma coisa, sofrimento é outra. Se eu estou sofrendo em uma situação, eu tenho que reavaliá-la e ver uma solução pra ela.

O que é pior, eu arriscar uma mudança de área ou emprego ou passar 20 anos pensando nisso?
Eu deixar de aceitar um trabalho freelancer com um cliente ruim ou pegar o trabalho porque preciso, e aguentar o estresse de lidar com ele? Será que eu não consigo outro trabalho?
Eu me enforcar financeiramente pra ter meus filhos numa escola particular ou eu ter um respiro de um ou dois anos mantendo eles numa escola pública?

As pessoas preferem viver situações ruins por estar dentro de uma rotina do que se arriscar ao novo, mesmo que esse novo possa mudar a vida dela pra algo muito melhor, no decorrer do processo.

Escolhas. No final, tudo é uma questão de escolhas.
E quando a gente tira o peso do “eu tenho que…” as coisas fluem muito melhor.
Eu não tenho que fazer isso ou aquilo. Eu faço porque gosto ou porque isso me traz X benefícios. Ou porque vou aprender algo nesse caminho.

Quando estamos cientes de nossas escolhas, com os prós e contras que elas trazem, tudo fica mais claro e deixo de culpar o universo pelo que acontece em minha vida.

Sei que comecei falando de ‘Síndrome do Impostor’ e terminei falando de escolhas, mas no fundo é isso. Torne as escolhas em sua vida mais conscientes e deixe esse fantasmas ou vozes dizendo que você é um impostor pra lá. Elas são somente ecos de um pensamento inseguro.

Você merece uma vida melhor e pode fazer isso.

Nos vemos pelos caminhos. o/