Abrindo seu coração para sua jornada artística pessoal.
Essa jornada irá levá-lo para a expressão de tudo que está dentro de você.
Parece que a correria do dia a dia nos priva de curtir um bom livro e se aprofundar em seus ensinamentos. Finalmente na minha jornada estou conseguindo aos poucos curtir os livros que me rodeiam. E na minha busca por inspiração, me deparei com este artista que compartilho aqui com vocês. Aliás, a foto acima é do estúdio dele e de sua família. Inspirador não?😃
O artista e autor em questão se chama Dan McCaw e abre seu livro chamado ‘A Proven Strategy for Creating Great Art’ (algo como ‘Uma Estratégia Comprovada para Criar uma Ótima Arte’) com esta introdução:
“Arte é uma colaboração entre o coração e a mente num esforço de expor uma parte da alma do artista. Assim sendo, arte deveria ser a interpretação individual do artista. Alguns irão escolher renderizar o tema, enquanto outros irão escolher o abstrato. Alguns irão decorar, enquanto outros irão simplificar.
Aprendendo a expressar nosso verdadeiro eu através da arte é como procurar um tesouro. É uma missão para encontrar o laço emocional entre os temas e nossos corações. É uma procura infinita onde o desafio e a frustração devem se tornar nossos amigos, companhias constantes que nos direcionam a procurar com mais afinco, a olhar fundo diante do tema, a achar aquelas coisas que excitam nossa imaginação, e a nos entregar aos estímulos que tocam nossos corações e nos motivam a pintar.”
Ele também diz:
“Sua jornada – se adentrada com o coração aberto – será uma jornada de autodescoberta, uma jornada onde a sua individualidade será nutrida, uma jornada para o lugar dentro de você onde a verdadeira arte começa. É uma jornada sem fim, entretanto, você nunca terminará de dizer tudo o que tem a dizer. Sempre haverá novas ideias para expressar e novos caminhos para expressá-las.
Você pode achar que viajar através do seu caminho é por vezes ilusório e desafiador, mas o seu desejo para achar sua voz escondida deve prevalecer seu medo de falhar e seus desapontamentos. Eu prometo a você, as recompensas irão valer o esforço. Minha esperança é que minhas palavras e imagens o ajudem a abrir os olhos, o encorajem e alarguem suas percepções enquanto você embarca na sua viagem artística. Boa sorte!”
Arte não é algo que aprendemos a fazer, mas é uma busca para revelar e expressar aquilo que já existe dentro de todos nós. Nós somos arte. O que nós estamos procurando é nossa voz interna. Eu acredito que a maioria de nós protege, negar ou subestimar sua voz intrínseca, mas todos nós temos uma. É aquela parte de nós que, quando tocada, move nossas emoções e cutuca nossos corações. É aquela parte de nós que reage a uma pintura, uma música, uma cena bonita. Essas coisas não contém emoções, apenas trazem para a superfície aquilo que já possuímos, tanto ao artista quanto ao apreciador da arte.
O treino artístico deveria portanto ter duas facetas. Deveria imbuir o artista com técnicas de criar imagem, mas também deveria focar em treinar o espírito criativo a encontrar sua saída do artista. Nós devemos aprender a largar, se render e confiar que se nós abrirmos nossos corações, nós estaremos destinados a expressar a arte que mora dentro de nós.
Com este tipo de treino artístico, nós podemos nos tornar como os grandes pintores do passado. Para eles, o tema era apenas um estágio no qual suas vozes eram ouvidas; o modelo servia como inspiração, permitindo eles acessarem suas vozes interiores. Como eles, nós podemos aprender a tocar nossa própria individualidade, seja renderizando um modelo a nível fotográfico, deixando vagamente abstrato ou algo entre ambos. Nenhum estilo de arte se sobrepõe a outro. O esforço para nós, então é reconhecer e valorizar aquilo que já existe dentro de nós para que nossa voz interna possa ser acessada, nutrida e permitida a crescer e florir.
PLANTANDO IDEIAS EM SOLO FÉRTIL
Sketchbooks são inestimáveis para mim. Como bons amigos, eu levo meus sketchbooks para todo lugar comigo – às lojas, aos restaurantes, em viagens. Para onde eu vou, eu posso registrar minhas ideias aleatórias, pensamentos fluidos, temas ou ideias que intrinsecamente me movem. É como sonhar acordado com uma caneta ou em pequenos esboços em aquarela. Eu até gosto de colocar notas no meu sketchbook. Eles se tornam um pouco como um diário para eu olhar para trás. Eu muitas vezes reviro meus sketchbooks à procura de ideias que eu tinha me esquecido que existiam.
Sketchbooks também são ótimos para estimular a criatividade, atiçar a chama em minha cabeça. Eu descobri que alguns dos pensamentos mais criativos eu iniciei nesses cadernos. Funciona como o fogo. Uma ideia produz uma faísca – algo tão simples como uma pequena forma (shape) – e então algo além começa a pegar fogo porque eu começo a pensar, e começo a botar algo no papel. O que eu posso fazer com aquela maçã sobre a mesa? De quantas maneiras diferentes eu posso iluminá-la? E se eu cortá-la ao meio? Ou esmagá-la? Eu não posso ter medo de tentar nada porque ninguém está olhando sobre o meu ombro, julgando minhas ideias. Meu sketchbook é um lugar privado para exercitar minha imaginação, empurrar os limites de minha criatividade e trazer minhas ideias que estão enterradas dentro de mim.
Melhor ainda, sketchbooks me permitem de forma bem rápida mudar e manipular uma ideia sem me atolar num pedaço grande de tela. Às vezes os materiais se tornam tão caros e eu fico com medo de usá-los. Sketchbooks são bem baratos e rápidos.
Pinturas são como plantas que crescem de pequenas sementes. Plante o suficiente dessas sementes em seu sketchbook e algumas irão certamente floresce. É só questão de colocar a primeira marca de caneta.
PORQUE PINTURAS RUINS SÃO TÃO BOAS
Com bastante frequência quando eu termino uma pintura, eu fico infeliz e insatisfeito. Eu gostaria de ter pintado mais solto ou mais firme, ou acho que poderia ter pintado mais claro ou mais cinza. A frustração está sempre lá, mas essa frustração é um grande motivador que me mantém em movimento. Quando eu me sinto muito frustrado, eu sei que estou alcançando um novo nível na minha pintura.
Mesmo nas pinturas menos sucedidas, eu tento achar aqueles 10% da pintura que funciona pra mim. Isso é tudo o que eu preciso para prover a chama de inspiração para a próxima pintura. Ou pode conter a solução para alguma outra pintura – talvez até uma pintura que ainda não foi pintada! Eu sempre aprendo algo em toda experiência, não importa o quanto negativa ela foi.
Realmente, não existem erros. Lembre-se, não existe algo como uma pintura falha, apenas a falha em pintar. Como alternativa, esses acidentes são precursores para originalidade. O quanto antes você cometer o seu milésimo erro ou acidente criativo, o quanto antes você será capaz de corrigi-los. Eles irão guiá-lo por novos caminhos de expressão. Mas se você temer os erros, você perderá o desejo de experimentar.
Uma pintura ruim é como numa viagem pegar uma estrada paralela que leva numa rua sem saída. Pode parecer que você foi pra lugar nenhum, mas existem presentes que você pegou durante o caminho. Apenas mantenha os olhos abertos. Você irá aprender algo em cada estrada que andar. A coisa principal é se manter excitado sobre o que está fazendo. Pense na frustração como um veículo que se move para frente de forma persistente como o combustível que o impulsiona. Curta a jornada – esta é a parte mais importante da viagem.
Todas as imagens deste post são obrar de Dan McCaw. Está gostando do post? Então continue sua leitura nesta segunda parte.
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